domingo, 10 de novembro de 2013

As estruturas do Axé Music estão abaladas?


Por Juahrez Alves

O Axé Music, que há décadas vem movimentando o carnaval do país inteiro e aquecendo a nossa economia, tendo a Bahia como vitrine cultural e berçário industrial da música, vive um momento de sobressalto e expectação com os últimos acontecimentos que agitaram a imprensa, envolvendo Bell Marques, Daniela Mercury , Claúdia Leite e Gilberto Gil.
O rebuliço foi grande quando Bell Marques, vocalista do Chiclete com Banana, anunciou a sua saída do grupo e, emocionado, explicou o seu desgaste que chegou à exaustão junto à banda, deixando claro que a melhor decisão seria o seu afastamento para seguir carreira solo.
Essa notícia bombástica estourou logo no meio de outras revelações de potencialidades baianas que vêm enriquecendo a avenida de Salvador, como os camarotes de Daniela Mercury, Claudia Leite e 222 de Gilberto Gil. Os dois primeiros já confirmados que deixarão de existir alegando dificuldade na captação de verba junto aos patrocinadores, e o último demonstrando apenas certo descontentamento em levar adiante esse projeto, alegando os mesmos motivos das duas primeiras divas do carnaval. 
As redes sociais enlouqueceram com fãs de todos os lugares descarregando as suas decepções e discutindo o futuro do circuito da folia. Muitos falaram sobre o profundo abalo nas estruturas da festa. Segundo eles, uma enorme depressão estaria prestes a se abrir nos anseios dos chicleteiros e admiradores dos artistas convidados, que sempre se debruçaram nas balaustradas de alguns camarotes do circuito Barra-Ondina, supervalorizando assim o espírito deste grande movimento perante a mídia nacional e internacional. 
No entanto, sabe-se que a renovação é uma lei da natureza, e partindo desse princípio, fica óbvio que a folia baiana não vai morrer com a derrocada de alguns setores, porque a cultura brasileira necessita de sua interferência para estar, constantemente, alimentando o sonho, a fantasia e o bolso do nosso povo com o fortalecimento do turismo e do mercado financeiro. 
Que venham novos artistas, novos camarotes de outras beldades, novos estilos e novas emoções, porque a Bahia não pára de inovar e de chegar sempre na frente na corrida da criatividade.

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