Para se
chegar à criação se faz necessário, antes, a definição sobre o Criador.
Foi dito a Allan Kardec que “Deus é a Inteligência Suprema, causa primeira de
todas as coisas”, diferentemente do que a ciência já desconfia de que Deus é
uma consciência cósmica, cuja proposta dos meios científicos é defendida
aqui como qualidade dos arcanjos, seres criadores altamente poderosos que
sustentam toda a estrutura universal com a grandeza e poder de suas auras e
mentalizações, e não do Deus Supremo propriamente dito.
Dando um exemplo bastante grosseiro, o Universo foi criado, e continua sendo, com o mesmo padrão-estrutural–harmônico da internet, que pode ser chamado aqui de cosmo; o computador, de mundo; a placa-mãe, de natureza-mãe; a memória do computador, de espírito; a energia, de corpo sutil, e o arcabouço do aparelho, de corpo material, que é o modelo predisposto das tecnologias da realidade virtual do momento atual.
Este modelo
é apenas uma pequena imitação da programação virtual lançada pelo Criador, onde
há o princípio para o desenvolvimento e consecução de toda sorte de leis para o
surgimento da vida em seus vários contextos. Os éteres cósmicos são
pequenos fragmentos da Inteligência Suprema que enchem o cosmos caindo sobre a
existência como fagulhas de fogos de artifício, programados para criarem os
átomos, que como já foi dito pelas tradições esotéricas, possuem matéria,
energia e consciência, e que se encarregam de criar os corpos pela lei de
atração magnética, dando origem ao reino mineral, composto pelos seres
inorgânicos, como, por exemplo, o solo, a rocha, a água e os minérios. Neste reino, a consciência que está
impregnada nos átomos é nada mais, nada menos, do que um princípio inteligente,
que pela lei do magnetismo se elabora de maneira tão espantosa a ponto de fazer
condensar a matéria, até que ao longo de milhões de anos, alguns elementos vão
sofrendo uma espécie de ruptura ou mutação para a eclosão do reino vegetal que
mais tarde se encarrega de fazer surgir o reino animal onde impera a lei do
instinto e da consciência fragmentada ou consciência-grupo.
A
intermediação entre o reino mineral e o vegetal se dá através da geração
espontânea dos vírus que se situam na encruzilhada de todos os reinos da
natureza, como uma espécie de ensaio para as ordenações das transições entre os
incontáveis estágios de vida da alma. Por este motivo observa-se que as algas
se situam na zona de predisposição entre os reinos mineral e vegetal, ou seja,
entre os seres inorgânicos e orgânicos, enquanto os fungos, as plantas
carnívoras e as águas-vivas, por exemplo, entre o vegetal e o reino animal,
seres inanimados e animados, porque não são as espécies que evoluem, mas a
consciência. As espécies são criadas por força da evolução da consciência, e
não o contrário. Os corpos são vestimentas da alma* durante toda a trajetória
da vida na matéria, quando, a depender do seu patamar evolutivo, toma o
envólucro adequado e necessário ao seu crescimento evolutivo. Na Bíblia,
achamos palavras semelhantes, em Coríntios, 15: 37,38, quando diz que "a
semeadora não é do corpo que virá a ser, mas de uma simples semente[...], e a
cada espécie de semente (consciência) o seu corpo apropriado".
No entanto,
na migração do princípio inteligente para o reino animal (reino da
consciência grupal), os seus seres conquistam, definitivamente, a capacidade de
agirem de maneira instintiva, conforme foi dito, manifestando-se em bandos,
obedecendo ao mesmo ímpeto da consciência do espírito-grupo que os
dirige, animando muitos de uma só vez, como as andorinhas, os cardumes de
peixes da mesma espécie, etc., por não terem a noção de si mesmos, mas se
elaborando de tal forma que os mais evoluídos já conseguem agir com um pouco mais
de independência e mais próximos da individualidade dos seres humanos, a
exemplo do cão como último estágio da alma-grupo, e do macaco na aurora da
consciência individual, tudo obedecendo a leis complexas que vem sendo
aplicadas desde os átomos para a constituição dos corpos das diferentes
espécies até chegar aos seres humanos. Por este motivo, a célebre frase de Léon
Denis: "A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e
acorda no homem".
Mas, enfim,
nisso tudo, o mais curioso é que mesmo os seres humanos sendo portadores de
individualidade, precisam viver em sociedade, trabalhar em equipe e
compartilhar experiências, porque a sua inteligência ainda é grupal, ou seja, a
consciência é individual, mas a inteligência é de grupo, até que seja emancipada
com a conquista da perfeição, sem mais precisar de corpos para se manifestar, a
exemplo dos seres arcangélicos que são os administradores do Universo, logos
planetários em harmonia com os logos solares, em total consonância com o Logos
Cósmico que é Deus. Pois assim como na internet há um computador central
de controle e administração, nos altos padrões da administração sideral, também
há um computador cósmico de comando das leis da natureza sob os cuidados dos
arcanjos, seres perfeitos, que são como Deus, mas que nenhum deles é o Deus
supremo, assim como os robôs são como os seres humanos, mas que nenhum deles é
humano.
Ironicamente,
este texto é recheado de questionamentos ao invés de respostas.
Juahrez
Alves
*
"Alma" aqui, entende-se como princípio inteligente e também como
consciência-grupal, espírito-grupo e consciência individual, para o texto
ficar mais compreensível.
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